A reciclagem de texto, também chamada de “autoplágio”, consiste na reutilização de textos de uma obra de autoria própria, já publicada, em uma obra recém-publicada. Esta prática vem crescendo nos últimos anos e existe um debate com relação à ética em pesquisa.
Deste modo, a utilização crescente de software de detecção de plágio pressiona a comunidade científica a determinar os limites da utilização da reciclagem de texto. Certamente, é imprescindível a utilização de citação mesmo que o texto seja de autoria própria.
Nas áreas da ciência, medicina e engenharia, a pesquisa ocorre de forma interligada, onde cada investigação responde a algumas perguntas e gera outras. Deste modo, embora seja necessária a reciclagem de texto, cada artigo gerado, muitas vezes apresentam conteúdo substancialmente original.
Por outro lado, nas áreas de ciências humanas, por exemplo, existe um processo de pesquisas mais independentes, tornando a reciclagem de texto desnecessária.
De certa forma, falta consenso sobre a aceitabilidade da reciclagem. Todavia, é preocupante que alguns autores pensem que essa prática não é aceita, uma vez que alguns editores e leitores aceitem. Da mesma forma, é problemático que alguns autores creiam que a reciclagem é aceita em situações em que alguns editores e autores achem uma prática pobre ou até falta de ética científica.
Portanto, em vários casos a reciclagem de texto é ética, profissionalmente apropriada, legal e até desejável para a comunicação de ideias. Em outras situações, a reciclagem de texto pode ser antiética, profissionalmente inadequada, infringir direitos autorais.
Mas quais os casos que a reciclagem de texto é admissível? Para a Editora Omnis Scientia, é aceitável a depender de fatores como:
Em conclusão, existem nuances éticas e legais sobre a reciclagem de texto que são difíceis de implementar e que dependem do consenso entre a comunidade científica.