Introdução: Os genes MICA e MICB pertencem a uma região altamente polimórfica do cromossomo 6, o complexo MHC, e codificam glicoproteínas expressas constitutivamente na superfície de células epiteliais, fibroblastos e monócitos, no entanto, são sintetizadas como marcadores de estresse celular em condições como o câncer, infecções, rejeição de transplantes e doenças autoimunes. Interagem com receptores NKG2D, ativando a citotoxicidade de células Natural Killer (NK), o que resulta em lise da célula-alvo alterada. No entanto, um eficiente mecanismo de escape via clivagem proteica, libera formas solúveis, que interagem com os receptores NKG2D, internalizando-os e reduzindo a atividade das células NK. Além disso, alguns polimorfismos resultam na produção de forma solúvel, como descrito para o MICA*008. Devido a essa dualidade das moléculas, o eixo MICA/B e NKG2D tem sido alvo de imunoterapias antitumorais. Objetivo: Identificar os alelos MICA e MICB em indivíduos brasileiros saudáveis e relacioná-los com a concentração de moléculas solúveis circulantes no plasma.