As agroflorestas da hinterlândia amazônica são considerados sistemas de conservação da agrobiodiversidade, resguardados pelo conhecimento tradicional dos agricultores familiares no longo processo de (co)evolução do homem com a natureza. Objetiva o presente elencar uma descrição das práticas do sistema de corte e queima da capoeira (SACQ) versus a inovação tecnológica de sistema de agricultura sem queima (SASQ), em dois sistemas agroflorestais, classificados como “quintal agroflorestal”. Embasa a pesquisa no método da pesquisa-ação etnográfica. Os indicadores avaliados evidenciou uma estratégia de resiliência socioambiental com atributo nos princípios de sustentabilidade, frente à necessidade de produzir com menor impacto negativo ao ambiente e maior otimização da produção em beneficio ao bem estar social e econômico dos agricultores familiares. Conclui-se que as práticas de SASQ evidenciam a oferta de serviços ambientais, garantia da dieta alimentar e geração de renda aos agricultores familiares.