O processo de desenvolvimentismo na Amazônia durante a década de 1970 levou a desestruturação do extrativismo a partir da introdução da denominada modernização conservadora, que consistia na introdução da mecanização do setor agropecuário, culminando em sérios problemas socioeconômicos e ambientais. As Unidades de Conservação, como as Reservas Extrativistas (RESEX), surgem como alternativas de desenvolvimento sustentável na região, combinando uma agenda de políticas fundiárias e ambientais enfocando os aspectos sociais e econômicos mediante a concessão de uso de terra para famílias produtoras rurais. O objetivo do presente trabalho é avaliar a evolução da distribuição de renda e níveis de pobreza na RESEX Chico Mendes, nos últimos 20 anos, das famílias assentadas. Trabalha-se com a metodologia do Projeto ASPF, desenvolvida na Universidade Federal do Acre (UFAC), a partir de indicadores de resultados econômicos, Índice de Gini e linha de pobreza. Os resultados indicam o aumento da desigualdade de renda entre as famílias, com leve redução na primeira década, além da redução de pobres e extremamente pobres no período recente.