Os debates sobre homossexualidade e demais temas sexuais deveriam ocorrer nas aulas de Ciências e de Biologia, contudo, os conteúdos apresentados são os que tratam quase que exclusivamente dos aspectos biológicos e esquecem os aspectos históricos, socioculturais e políticos. Os livros paradidáticos são materiais importantes e necessários nas salas de aula, porém podem carregar significados e linguagens que expressam preconceitos, violências, exclusões e repúdios aos/às homossexuais. Este texto apresenta a análise documental realizada em um livro paradidático de Educação Sexual sobre a homossexualidade. A pesquisa foi de cunho qualitativo, em que catalogamos, analisamos e categorizamos um livro paradidático de Educação Sexual procedente da biblioteca de uma escola pública da cidade de São Luís, Estado do Maranhão, utilizando os pressupostos teórico-metodológicos dos Estudos Culturais pós-estruturalistas em Educação. As leituras flutuantes e aprofundadas do processo de análise e categorização proporcionaram a criação de três categorias: a) Educação para diversidade; b) Educação sexista/Educação homofóbica; c) Visões sobre a homofobia. O livro descreve que a escola deve fazer o trabalho pedagógico de educação para diversidade, seja no acesso das leituras para que professores/as planejem e executem suas aulas ou para alunos/as acessarem os livros nas leituras de aprofundamento. Por outro lado, o material está desatualizado, mesmo que discorra de forma inclusiva, ética e plural o tema. A homofobia é tematizada mais de forma pontual, resumida e sem aprofundamento. Professores e professoras de Ciências e de Biologia precisam ampliar seus olhares sobre a homossexualidade e outros conteúdos relacionados à dimensão plural da sexualidade.