Objetivo: O estudo objetivou analisar a epidemiologia da sífilis gestacional e congênita, entre 2012 e 2021, na 11º Regional de Saúde (XI Geres), Pernambuco, Brasil, em reconhecimento do sertão como um espaço de fragilidade nas ofertas dos serviços de saúde. Métodos: Os casos de sífilis gestacional e congênita da região e do período escolhidos para o estudo foram obtidos a partir do banco de dados do Sinan, e, em seguida, submetidos para análise no programa estatístico R versão 4.2.2. Resultados: Durante o período indicado, foram notificados 220 casos de sífilis gestacional e 90 casos de sífilis congênita. Mulheres entre 18 e 30 anos, pretas ou pardas e com baixa escolaridade foram as mais vulneráveis à sífilis gestacional. Esquemas de tratamento inadequados ou o não tratamento do parceiro da gestante, são agravos que aumentam as chances de desfecho para a sífilis congênita. Conclusão: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que causa grandes malefícios à gestante e ao concepto. Nesse sentido, é importante potencializar o diagnóstico da doença na Atenção Básica, a partir da aplicação dos testes sorológicos, sobretudo na parcela populacional mais vulnerável. Ademais, é essencial um esquema de tratamento adequado, sendo o único medicamento indicado para gestantes a Penicilina Benzatina.