o presente trabalho teve como objetivo analisar a associação entre a doença celíaca e a microbiota intestinal e como esta poderia ser cogitada como um alvo terapêutico no quadro clínico instalado. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa de literatura cuja coleta de dados foi realizada nas bases de dados PubMed, Scopus e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Os descritores utilizados para a pesquisa foram “Celiac Disease”, “Gut Microbiota”, “Prebiotic” e “Probiotic”, por meio do operador booleano AND e OR, resultando assim em 179 trabalhos encontrados, dos quais 13 foram selecionados para leitura integral e, destes, 7 foram incluídos na revisão. Resultados e discussão: conforme a revisão realizada, observou-se que existem táxons microbianos intestinais com associação causal com a doença celíaca, bem como outros táxons que são alterados em função da patologia. Em ambos os casos, a disbiose relaciona-se à intensificação da sensibilidade ao glúten devido ao aumento da permeabilidade intestinal. Sendo assim, intervenções com probióticos têm demonstrado efeitos benéficos em pacientes celíacos. Conclusão: a microbiota intestinal tem íntima associação com a doença celíaca e pode ser considerada como alvo terapêutico promissor na modulação da patologia. Por conseguinte, o uso de probióticos tem se mostrado eficaz na modulação do quadro sintomatológico.