O aumento da população idosa é uma realidade nacional e mundial, isso implica em um novo contexto propondo uma adaptação da sociedade para os desafios que a terceira idade proporciona. Com o aumento no número de pessoas idosas residentes em Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), torna-se necessário o acompanhamento das condições de saúde desses longevos. Assim, objetivou-se traçar um diagnóstico das condições de saúde de idosos residentes em uma ILPI e apresentar o perfil sociodemográfico da população residente. Foram avaliados idosos residentes em ILPI e os cuidadores que atuavam na mesma, no período de junho a julho de 2017. As variáveis foram sexo, faixa etária, deficiência, raça/cor, informações sóciofamiliares, polifarmácia, diagnósticos e internações prévias, perímetro da panturrilha, IMC, auto percepção da saúde, limitação física e incapacidades, protocolo Vulnerable Elders Survey VES 13 (protocolo de idoso frágil), identificação de dor crônica e hábitos de vida. Para a análise dos dados, foi utilizado o programa estatístico SPSS® , versão 20.0. Verificou-se que a maioria dos idosos estava entre a faixa etária de 75 a 84 anos, eram do gênero feminino, cor branca, solteiros e não alfabetizados. 45,4% possuíam grau de dependência III e 42,4% faziam uso de mais de 5 medicamentos. Em relação a sua autopercepção de saúde, a maioria respondeu que era ruim e incapaz de realizar as atividades diárias, porém a maioria relatou não apresentar desânimos ou desesperança nos últimos meses. Compreende-se que viver a velhice nesse ambiente é conviver com a perda e a quebra dos laços familiares, autonomia e independência, porém são nas ILPI que possuem acesso a serviços de saúde e cuidados diários que não possuíam fora da mesma. Existe, assim, uma demanda para efetivar estratégias intersetoriais para o cuidado dessa população, a qual se encontra desprovida de condições para viver com qualidade.