O consumo de pescados tem aumentado, sendo cada vez mais reconhecidos como importantes componentes de uma dieta saudável. No entanto, estes alimentos podem estar contaminados com toxinas que podem causar efeitos adversos em quem consumir este produto (LANGLEY & BOBBITT, 2007). Uma das doenças emergentes que vem sendo relatada e associada ao consumo de pescados é a Síndrome de Haff ou doença de Haff, que é rara e notificada pela primeira vez no mundo em 1924, na região litorânea de Königsberg Haff, na costa do Mar Báltico. Desde o seu primeiro caso registrado, foram notificados também em outras regio?es, como na Suécia, ex-União Soviética, nos Estados Unidos, no Brasil e na China (TOLESANI JÚNIOR et al., 2013). O primeiro surto relatado da Síndrome de Haff no Brasil foi em 2009 (Manaus – AM), e uma das espécies associadas a este surto foi o consumo de Mylossoma duriventre (pacu-manteiga) (SANTOS, 2009).
A Síndrome de Haff está associada à rabdomiólise, com mecanismos ainda não totalmente compreendidos e com sinais clínicos que incluem rigidez muscular extrema e súbita, mialgia difusa, dor torácica, dispneia, dormência e perda de força em todo o corpo e urina cor de café, com elevações séricas de creatinofosfoquinase, mioglobina, transaminases e desidrogenase láctica (BUCHHOLZ et al., 2000; TOLESANI JÚNIOR et al., 2013; LANGLEY & BOBBITT, 2007).