A adolescência é o processo no qual os indivíduos passam por diversas transformações. Quando o desenvolvimento saudável da criança ou do adolescente não é possível por omissão ou negligência da sociedade ou do Estado; omissão, violência ou abuso dos pais ou responsáveis, é necessário que o Estado intervenha com medidas de proteção, sendo que o acolhimento, institucional ou familiar são medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de transição para reintegração familiar ou, não sendo esta possível, para colocação em família substituta (BRASIL, 2018).
Além de influenciarem na saúde das pessoas abrigadas, estes transtornos interferem na forma como as pessoas desempenham seus papéis ocupacionais. Considera-se papéis ocupacionais todos aqueles papéis que o indivíduo executa/exerce em sua vida (estudante, pai/mãe, dona de casa, entre outros); estes consistem em comportamentos produtivos ou de lazer. Tais papéis organizam o comportamento contribuindo para a identidade pessoal dos indivíduos, conduzindo as expectativas sociais a uma realização, organizando o uso do tempo e envolvendo os indivíduos na estrutura social (CORDEIRO et al., 2007). Desta forma, o estudo objetivou avaliar os papéis ocupacionais de adolescentes em situação de acolhimento e investigar a percepção dessas meninas acerca de sua saúde mental.