A adolescência é uma fase de grande tensão, sofrimento e conturbações emocionais, mas também caracterizada por várias descobertas, o que justifica o desejo, nesta fase, por experimentar novas situações, amizades e comportamentos. A depender dos comportamentos e ações nesse período, alguns adolescentes podem se envolver em atos passíveis de punição legal, denominados atos infracionais (DIAMANTINO, 2016).
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o ato infracional é definido como conduta descrita em lei como crime ou contravenção penal, sendo os menores de dezoito anos penalmente inimputáveis, todavia sujeitos às medidas socioeducativas previstas no ECA, o qual, também assegura a proteção integral da criança e do adolescente, sendo considerado um marco legal e regulatório dos direitos humanos.
A aplicação dessas medidas objetiva produzir um impacto positivo na vida desses sujeitos, por desempenharem um papel de apoio social ao adolescente em conflito com a lei, oferecendo estímulos que promovam o desenvolvimento da capacidade de enfrentamento de adversidades e oportunidades de superação de sua condição de exclusão (VOLPI, 2011). Diante do exposto, o objetivo do estudo foi avaliar a percepção de adolescentes que estão cumprindo medidas socioeducativas de internação sobre os impactos da medida nas relações familiares e no apoio social.