O conceito de qualidade de vida tem características complexas e subjetivas que propiciam diferentes definiço?es científicas e metodológicas. Nas últimas décadas, esse conceito tem sido muito discutido nas ciências sociais e da saúde que visam, entre outras demandas, a valorização da saúde, a minimização dos sintomas e complicações das doenças, a diminuição da mortalidade ou o aumento da expectativa de vida.
Três aspectos fundamentais sobre o construto qualidade de vida estão implícitos no conceito de qualidade de vida: A subjetividade, isto é, a perspectiva do indivíduo é o que está em questão. A realidade objetiva só conta na medida em que é percebida pelo indivíduo. A multidimensionalidade, isto é, a qualidade de vida é composta por várias dimensões. Este aspecto tem uma consequência métrica importante: a de não ser desejável que um instrumento que mensure a qualidade de vida venha a ter um único escore, mas sim a sua medida ser feita por meio de escores em vários domínios (por exemplo, físico, psicológico, social, meio ambiente). A presença de dimensões positivas e negativas, assim, para uma “boa” qualidade de vida, é necessário que alguns elementos estejam presentes (por exemplo, mobilidade) e outros ausentes (por exemplo, dor) (FLECK, 2008).
A qualidade de vida no trabalho em saúde mental deveria objetivar a melhoria da qualidade da assistência e a satisfação com o trabalho, esses objetivos estão correlacionados, e incluem-se, neste aspecto, as questões referentes à saúde, ao bem-estar físico e social, à segurança e à organização do trabalho, como um fator determinante na qualidade de vida dos trabalhadores.
O presente estudo, portanto, objetiva investigar a qualidade de vida dos profissionais que atuam nos Centros de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (CAPSad) da região do Triângulo Mineiro do estado de Minas Gerais.