A incidência de infecções invasivas fúngicas vem sendo descritas de forma crescente nos últimos anos sendo as cepas leveduriformes do gênero Candida spp responsáveis de forma prevalente por essas infecções. Estas leveduras que normalmente habitam de forma comensal na microbiota tanto seres humanos quanto de animais saudáveis, em determinadas circunstâncias, podem expressar fatores de virulência como a produção de enzimas, o que lhes confere caráter patogênico, logo, resistência a tratamentos convencionais.
A principal patologia ligada às leveduras é representada pelas candidemias que normalmente ocorrem quando o sistema imunológico do indivíduo se torna comprometido, sob condições clínicas debilitantes, procedimentos cirúrgicos, pessoas acometidas com síndromes metabólicas (obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2), portadores da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), entre outros fatores (ZUZA ALVES et al, 2017).
O presente estudo teve como objetivo investigar a produção de enzimas como fator de virulência das amostras clínicas das espécies Candida albicans, Candida parapsilosis, Candida glabrata, Candida tropicalis, Candida orthopsilosis dispostas na coleção de fungos do Laboratório de Micologia do Núcleo de Imunologia Básica e Aplicada da Universidade Federal do Maranhão –LABMICO/NIBA/UFMA.
Logo, foi realizada uma pesquisa de abordagem experimental e descritiva com a indução in vitro de produção de enzimas por parte das cepas clinicas disponíveis para o estudo. As enzimas comumente produzidas pelo gênero Candida spp foram as mesmas utilizadas nesse estudo: lipase, amilase, proteinase e fosfolipase.
Após conclusão dos testes foi possível constatar que as amostras dispostas no banco de dados eram capazes de produção enzimática como um fator de virulência em cepas clinicas.