INTRODUÇÃO: O infarto agudo do miocárdio (IAM) se caracteriza pela obstrução do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco, gerando morte celular. Essa doença, segundo a Organização Mundial de Saúde, é uma das principais causas de morte no mundo. Assim, baseado nos relatórios operacionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) Suzete Cavalcanti, localizada no município de Parnamirim, Rio Grande do Norte, decidiu-se realizar uma abordagem direta e individualizada com os usuários dessa unidade. Logo, percebeu-se que o contexto de vulnerabilidade social associado aos alarmantes indicadores seriam fatores de risco para desenvolvimento do IAM. OBJETIVO: Promover a reflexão e a elucidação do tema aos usuários da UBS quanto à importância do cultivo de hábitos de vida saudáveis, além da promoção do conhecimento relacionados aos sinais e sintomas clínicos do IAM. METODOLOGIA: Pela análise dos indicadores de saúde gerados pela UBS no ano de 2021, constatou-se um alto número de hipertensos, obesos e diabéticos. Diante disso, o grupo formado por discentes de medicina preparou perguntas e respostas para tornar a conversa dinâmica, e após abriu espaço para esclarecimentos. Ademais, panfletos com informações acerca dos sintomas, fatores de risco e prevenção foram entregues. Finalmente, distribuiu-se porções com salada de frutas para os usuários da unidade, a fim de facilitar a imersão ao tema. RESULTADOS: Por meio da intervenção, foi possível alcançar uma quantidade significativa de pessoas e orientar quanto aos fatores de risco e sintomas do IAM, além de promover a conscientização sobre a prevenção para os usuários. Apesar do impacto desse tipo de ação não refletir necessariamente em dados estatísticos a curto prazo, sabese que o incentivo à prevenção é a forma mais eficiente e menos custosa de promover a saúde. CONCLUSÕES: A promoção em saúde integra uma prática fundamental do cuidado. Assim, a educação em saúde possibilita que, progressivamente, as pessoas que frequentam as unidades de saúde absorvam a ideia de que várias de suas doenças provêm de hábitos que podem ser contornados com pequenas mudanças, que impactarão, não só a comunidade, mas também as UBSs, que têm uma demanda altíssima para doenças como hipertensão arterial, diabetes e obesidade.