Introdução: Nos últimos tempos, a expectativa de vida da população brasileira tem aumentado e o país está passando por um dos mais rápidos envelhecimentos demográficos mundiais. Os desafios colocados por uma grande população idosa são uma realidade não só para o Brasil, mas para muitos países de baixa e média renda. A promoção do envelhecimento ativo e a construção de instituições econômicas e sociais que garantam a segurança de renda e cuidados de saúde adequados são questões cruciais. O envelhecer é marcado pela diminuição das capacidades fisiológicas e funcionais nos indivíduos, o que resulta no declínio da força muscular e da mobilidade funcional relacionada à debilidade, levando a quedas, redução da independência, episódios depressivos e aumento dos custos com assistência médica, influenciando na qualidade de vida do indivíduo. Objetivo: Verificar a qualidade de vida de idosos confinados devido a pandemia da Covid-19 numa cidade do nordeste brasileiro. Metodologia: estudo transversal, quantitativo e descritivo, aprovado pelo CEP sob o número 4.583.238 e CAAE 29267420.4.0000.5294, realizado em 114 idosos nordestinos residentes em uma comunidade. Foi aplicado o WOLQOL-OLD - instrumento preconizado pela Organização Mundial de Saúde para avaliar a qualidade de vida da população idosa. Os domínios avaliados levaram em consideração as habilidades sensoriais; autonomia; atividades passadas, presentes e futuras; participação social; intimidade e domínio de morte e morrer. Realizou-se busca ativa porta a porta, sendo tomada todas as medidas recomendadas para evitar a disseminação do Coronavírus. Resultados: Dados da pesquisa mostram que o confinamento trouxe repercussões na qualidade de vida dos idosos estudados. O Domínio sobre morte e morrer, foi o que demonstrou resultados significativos no que concerne ao medo, sendo prevalente durante o período pandêmico. O Domínio autonomia, também apontou resultados interessantes estando interligados a continuidade de práticas de atividades diárias neste período. Considerações finais: A condição pandêmica exigiu que principalmente os idosos ficassem confinados em suas casas, isso diminuiu o nível de suas atividades físicas, e de socialização, levando muitas vezes a uma labilidade emocional e interferindo diretamente na qualidade de vida dessa população.