Introdução: A COVID-19 longa ou pós-aguda é definida como a persistência de sintomas ou o desenvolvimento de sequelas após 4 semanas de início dos sintomas. Foi caracterizada por sintomas de fadiga, cefaleia, dispneia e anosmia. Os fatores de risco associados à doença foram idade avançada, sexo feminino, comorbidades, gravidade da doença, resultados anormais de laboratório, mais de cinco sintomas durante a primeira semana de infecção. A COVID-19 trouxe impactos na área científica e socioeconômica, intensificando situações já existentes. As sequelas da COVID-19 são capazes de interferir na saúde do trabalhador por incapacitá-lo temporariamente ou definitivamente para sua atividade profissional. Objetivos: Revisar publicações voltadas à investigação de COVID-19 longa, identificando-se os principais sintomas e fatores de risco nos trabalhadores em geral. Métodos: Consistiu em revisão bibliográfica de estudos publicados no ano de 2021, presentes no banco de dados PubMed. Foram incluídos artigos em inglês e que investigaram a COVID-19 longa em trabalhadores. Não foram incluídas revisões sistemáticas. Resultados: Há evidências dispersas de que o tipo de trabalho de um indivíduo pode contribuir para o risco de infecção e, portanto, para sua recuperação após a fase aguda. Em estudo realizado no Japão, com mais de 1.000 trabalhadores, demonstrou que o sofrimento psicológico (fadiga, ansiedade e depressão), aumentaram entre os trabalhadores da saúde em comparação com não trabalhadores da saúde durante surto de COVID-19. Outro estudo qualitativo realizado no Reino Unido com 114 pacientes com sintomas persistentes após COVID 19, dos quais 51 eram profissionais da saúde, revelou uma variedade de sintomas persistentes e flutuantes, incluindo tosse, falta de ar, febre, dor de garganta, dor no peito, palpitações, déficits cognitivos, mialgias, sintomas neurológicos, erupções cutâneas e diarreia. Considerações finais: Estes dados sugerem que os trabalhadores são suscetíveis à COVID-19 longa, e, portanto, compreender este acometimento se demonstra importante para a saúde ocupacional, especialmente em relação à incapacidade laboral. Ainda são necessários estudos que retratem outras populações de trabalhadores, pois os autores priorizam os trabalhadores da saúde.