INTRODUÇÃO: Para uma assistência que possibilite a sua estabilidade, o recémnascido prematuro, comumente, necessita de cuidados especializados, ofertados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Neste local, o prematuro se encontra exposto a uma série de eventos capazes de produzir sensações dolorosas. Contudo, a adoção de medidas que proporcionam a estabilidade clínica do prematuro, principalmente em relação ao manejo da dor, é uma prática ainda pouco difundida entre as equipes assistenciais, mesmo com a existência de medidas não farmacológicas para o desenvolvimento deste cuidado. OBJETIVO: Buscar e analisar as evidências disponíveis sobre o enrolamento na redução da dor nos recém-nascidos prematuros, nos últimos 05 anos. METODOLOGIA: Estudo de revisão integrativa, com busca da literatura realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e nas seguintes bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e nos Periódicos da Capes, realizada no período de julho a novembro de 2021. Foram utilizados os descritores: Neonato prematuro, Enfaixamento e Manejo da dor . Os critérios de inclusão utilizados foram: artigos completos disponíveis na internet e publicados nos idiomas português, inglês e espanhol, no período compreendido entre os anos de 2015 a 2020, os quais abordem a temática de evidências de alívio da dor, utilizando a intervenção não farmacológica, enrolamento. Dos 469 artigos encontrados na busca, 26 artigos foram selecionados para leitura, sendo 11 explorados, considerando o objetivo proposto. RESULTADOS: Estudos demonstraram que o enrolamento, é a medida não farmacológica mais comumente utilizada pelos profissionais de enfermagem. Em um ensaio clínico, durante punções de calcanhar, o grupo que recebeu o enrolamento, em associação com a ingesta de leite materno para o alívio da dor, apresentou menos reações comportamentais e baixa variação da frequência cardíaca. Esta técnica também é associada a baixos índices de eventos adversos e financeiros. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O enrolamento é uma intervenção não farmacológica, para a redução da dor utilizada, principalmente pela equipe de enfermagem, sendo considerada uma alternativa de analgesia simples, segura, econômica e humanizada. Na associação com outras medidas não farmacológicas, também obtém baixos escores de perfil da dor. Este tema necessita de novos estudos para o melhor conhecimento de seus benefícios.