Introdução. Mais de 1 milhão de óbitos anuais ocorrem por infecções neonatais ao redor do mundo. Agravando essa situação, tem-se o desenvolvimento de patógenos resistentes a múltiplos antibacterianos, problemática já reconhecida pela Organização Mundial de Saúde. A fim de definir um tratamento benéfico à saúde do recém nascido (RN) e evitar o uso excessivo de fármacos de amplo espectro que favoreçam a multirresistência bacteriana (MDR), a realização de exames de microbiologia que permitam a identificação do perfil de bactérias MDR e de sensibilidade farmacológica fornecem informações preciosas à conduta clínica. Objetivo. Descrever as principais bactérias multirresistentes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Metodologia. Revisão de literatura de artigos selecionados através da biblioteca virtual em saúde, utilizando-se como descritores “farmacorresistência UTI Neonatal” e “bactérias multiressistentes em UTI neonatal”, foram obtidos 27 resultados. Critério de inclusão: últimos cinco anos de publicação. Resultados. Após restringir a busca aos últimos 5 anos, restaram 7 produções. Esses estudos revelam que no Brasil, os agentes mais prevalentes de infecções hospitalares são as bactérias gram-negativas e Staphylococcus aureus. Porém, verifica se intensa tendência de aumento da presença da gram-positiva Staphylococcus coagulase-negativa (SCCN). Assim sendo, já é relatado em estudo um cenário de predominância de SCCN, sucedida por Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus aureus. Outros estudos verificam as gram-negativas entre mais incidentes, destacando Klebsiella sp produtora de ß-lactamases de espectro estendido, E. coli e Gram-negativas resistentes a carbapenem. Quanto à sensibilidade farmacológica, é apontada sensibilidade de gram-negativas a colistina (maior sensibilidade), amicacina, meropenem, e imipenem, enquanto gram-positivas foram sensíveis a linezolida, tigeciclina e vancomicina. Houve grande resistência à ampicilina nas gram-negativas e à eritromicina e Benzilpenicilina nas grampositivas. Além disso, há apontamento de recorrente resistência de S. aureus à oxacilina. Em especial, a Klebsiella demonstra resistência à cefalosporina de terceira geração.Considerações finais. Foi consensual entre as fontes a importância da K. pneumoniae e do conhecimento do manejo em casos de colonização. Já há indícios de fármacos eficazes e não eficazes para o tratamento de MDR, fazse necessário, portanto, que os profissionais da saúde acompanhem constantemente pesquisas afins, visto que novas farmacorresistências podem ser desenvolvidas.