Introdução: A malária é caracterizada como uma doença infecciosa, de caráter febril, cujo agente etiológico é o protozoário do gênero Plasmodium sp, sendo o seu principal vetor o mosquito Anopheles darlingi. A região amazônica comporta cerca de 99,99% dos casos presentes em todo o país, dos quais 20% referem-se ao estado do Pará que é endêmico para a doença. Objetivo: Analisar as características epidemiológicas dos casos de malária no estado do Pará. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo do banco de dados da malária, pertencente ao Sistema de Vigilância Epidemiológica da Malária (SIVEP-Malária), no período de 01de janeiro a 31 de outubro, entre os anos de 2020 e 2021. Os dados foram reunidos em planilhas do Programa Excel para análise estatística. Resultados: Foram observadas 266.112 notificações, das quais 35.816 (13,46%) foram positivas; em 2020 houve 20.016 (13,82%) casos e 15.800 (13,03%), em 2021; no período estudado, foi observada uma redução de 21,07% (4.216) no número de casos confirmados; as maiores frequências ocorreram em áreas de garimpo (n= 11.269; 31,46%) e áreas indígenas (n= 8.035; 22,43%); os municípios de Jacareacanga (n= 10.955; 30,59 %), Itaituba (n=6.696, 18,70 %) e Anajás (n=5.325, 14,87%) foram os mais notificantes; o principal tipo de malária registrada foi por Plasmodium vivax (n= 31.460; 87,83%), seguido pelo P. falciparum (n= 4.018; 11,21%) e mista (n= 338; 0,96%). Conclusão: Conclui-se que a redução ocorrida no período estudado entre os municípios de Jacareacanga, Itaituba e Anajás, pode estar associada ao aumento das ações de vigilância da malária, através da busca ativa, distribuição de mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração (MILD’S), diagnóstico e tratamento oportuno dos pacientes acometidos pela doença.