Introdução: Frente aos desafios impostos para o enfrentamento da pandemia causada pelo SARS COV2 pelas equipes multiprofissionais em saúde da família, um deles foi lidar com o agravamento das demandas de saúde mental nos territórios adscritos, haja vista o fechamento dos serviços especializados e o isolamento forçado desta população, sobrecarregando, assim, os serviços da Atenção Primária. Sendo assim, as equipes precisaram se adaptar à nova realidade, buscando construir estratégias para o acolhimento deste segmento. Objetivo: Destacar as estratégias utilizadas por uma equipe de Unidade de Saúde da Família do Município de Cascavel – PR no acolhimento das demandas de saúde mental do seu território. Metodologia: O estudo é baseado em pesquisa quanti-qualitativa, baseado nas listas de espera das especialidades de psiquiatria e psicologia do ano de 2020 de uma USF do Município de Cascavel - PR. Resultados: No período de 01 de dezembro de 2020 até o momento, foram atendidos 171 pacientes com demanda de saúde mental. Destes, 15 pacientes são acompanhados com afinco pelas equipes de serviço social e enfermagem, compostas por preceptores e residentes, incluindo a prática da auriculoterapia, além de serem acolhidos por psicólogo voluntário que vem desenvolvendo sua prática na USF. Ademais, 5 pacientes foram encaminhados com priorização para psiquiatria. Considerações finais: A estratégia intensificou as escutas qualificadas dos pacientes com adoecimento mental, fortalecendo o vínculo com a população e ofertando um espaço de acolhimento humanizado no âmbito da USF. Para os casos mais urgentes, buscou-se fazer o manejo na própria USF, haja vista a delonga nas filas de espera para as especialidades, evitando assim, que os quadros de saúde mental se agravassem. Por fim, destacamos a importância do programa de residência multiprofissional em saúde da família, responsável por criar mecanismos que vão de encontro com as necessidades dos territórios, auxiliando assim, na longitudinalidade do cuidado.