Introdução: A higiene pessoal afeta o conforto, a segurança e o bem-estar de uma pessoa e pode ser evidenciada pelo autocuidado, o qual é influenciado por fatores como práticas sociais (ex: costumes familiares), imagem corporal e condição socioeconômica. A forma que esses fatores influenciam uma pessoa resulta em um bom ou ruim autocuidado relacionado à higiene, sendo este último responsável por acarretar patologias bucais como cárie, dermatológicas como a pediculose. Objetivo: relatar a experiência de um acadêmico de Enfermagem, ressaltar a importância do autocuidado relacionado à higiene para crianças em estado de vulnerabilidade em um abrigo e avaliar o conhecimento dos cuidadores acerca deste tema. Metodologia: estudo exploratório-descritivo que usou como coleta de dados uma entrevista semiestruturada com cinco cuidadores onde foram levantadas questões como “você sabe o que é o autocuidado na higiene?” e “você sabe a importância de ministrar isso para as crianças?”, e avaliação física em doze crianças em estado de vulnerabilidade, com idade entre zero a dez anos, dentro de um abrigo localizado no município de Manaus-AM. Resultados: Através das entrevistas, notou-se que uma parcela dos cuidadores não sabiam a importância do autocuidado da higiene enquanto a outra porção não achava relevante, um cuidador relata não haver treinamento ou orientação para isso, apenas cumprimento de regras nos horários reservados para higiene. Por meio do exame físico, foi evidenciado uma grande carência na higiene pessoal observado por cáries, halitose, tártaro, pele com sujidades excessivas, dermatite e caspa. Conclusões: O tema autocuidado relacionado à higiene é negligenciado pelos cuidadores, em grande parte por falta de capacitação e motivação oriunda da gerência. Perceber a importância de aprender e ensinar esse cuidado às crianças acarretaria em melhorias na saúde, autoestima, vivência e relações interpessoais das mesmas. Nesse sentido é importante a instrução e acompanhamento por parte dos profissionais da saúde.