Introdução: Pela busca ao bem estar animal métodos alternativos ao uso de animais vivos no ensino da cirurgia veterinária vêm sendo empregados, como o uso de cadáveres preparados quimicamente. Objetivo: Determinar a força máxima (em Newtons - N) de ruptura do jejuno, o deslocamento para a ruptura (em mm), além de realizar a avaliação microbiológica durante todo o processo e desenvolver um modelo anatômico para prática de cirurgia veterinária intestinal. Metodologia: Foram utilizados 8 cadáveres de cães, na amostra controle foram coletados 3 fragmentos de jejuno submetidos a análise biomecânica imediata. Seguida de solução contendo 120ml/kg de solução com sal de cura, contendo 200g/litro de cloreto de sódio, 10g/litro de nitrito de sódio e 10g/litro de nitrato de sódio, seguido da injeção de álcool etílico puro com 5% de glicerina em relação ao volume do álcool, na quantidade de 150ml/kg de peso corporal via artéria carótida comum. Cada cadáver foi colocado em embalagem plástica a vácuo e mantido refrigerado entre 0 e 4°C. As análises biomecânicas foram realizadas nos dias 30, 60, 90 e 120. As análises microbiológicas foram feitas da embalagem de 2 cadáveres, escolhidos ao acaso, no líquido que extravasava. Resultados: Não houve diferença significativa entre os momentos, o teste ANOVA mostrou não haver diferença estatística significativa (p = 0,1339) entre a média das amostras controle e tratadas. A população microbiana não excedeu 8,4x102 UFC/mL nos aeróbios totais e 7,3x104 UFC/mLnos anaeróbios totais. Conclusões: A fixação com álcool etílico e sais de cura, associado às embalagens a vácuo, é uma forma de baixo impacto ambiental e efetiva de conservar as características biomecânicas do jejuno fresco por pelo menos 120 dias, aliado à baixa contaminação microbiana, o que é recomendado para o ensino da cirurgia veterinária por mimetizar nos cadáveres fixados a resistência intestinal apresentada pelos cadáveres frescos.