O Brasil conta com um sistema de transplantes bem consolidado e regulado sendo, atualmente, o segundo país do mundo em número absoluto, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (EUA). No entanto, apesar do avanço já alcançado, o número de transplantes realizados ainda é muito distante da necessidade estimada.1 A efetivação de um transplante depende diretamente do sucesso do processo de doação de órgãos. Tal processo corresponde a uma série de etapas interligadas e interdependentes, que vai desde o diagnóstico de morte encefálica e reconhecimento do potencial doador até o transplante propriamente dito.5 Portanto, o processo de doação de órgão e tecido é um procedimento complexo que envolve desde a vontade do doador, que envolve a família doadora em momento de luto e os obstáculos envolvidos no momento do luto. Assim, compreender quais são as expectativas dos familiares no pós-óbito é importante para que os profissionais da saúde possam desenvolver melhores meios de abordagem dos familiares do doador e com isso gerar resultados mais eficazes na captação de órgão para transplantes. O objetivo desta pesquisa foi de compreender qual a forma mais eficaz de abordagem dos familiares do doador, pelo profissional de saúde, quanto à tomada de decisão pela doação de órgãos e tecidos no momento do luto.