As anomalias craniofaciais são alterações isoladas ou múltiplas, de etiologia genética ou não. Podem ser exemplificadas pelas fissuras labiopalatinas, craniossinostoses, além de quadro sindrômicos multissistêmicos. A expectativa de vida das pessoas com anomalias craniofaciais é típica, haja visto que apenas uma minoria delas é letal. No entanto, essas anomalias apresentam um impacto significativo sobre o desenvolvimento global do indivíduo, incluindo alterações motoras, na fala, audição, dentição, nutricionais, psiquismo e relações interpessoais (MONLLEO e LOPES, 2006). Buscando facilitar a atenção aos pacientes com anomalias craniofaciais, instituiu-se em 2005, em Cascavel, Paraná, o Centro de Atenção e Pesquisa em Anomalias Craniofaciais (CEAPAC), parte integrante do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP/UNIOESTE). O atendimento, de alta complexidade, se dá na área ambulatorial, contando com uma equipe profissional nas seguintes especialidades: odontologia (odontopediatria, ortodontia, clínico geral, periodontia, endodontia, prótese dentária, implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial), fonoaudiologia, medicina (pediatria, cirurgia pediátrica, otorrinolaringologia, neurocirurgia e cirurgia plástica), nutrição, psicologia, fisioterapia, serviço social, enfermagem e genética. Todo atendimento no CEAPAC é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), abrangendo pacientes de todas as idades (UNIOESTE, 2020; AEN, 2022).