A doença periodontal (DP) e as doenças cardiovasculares (DCV) são patologias que apresentam alta prevalência, especialmente nos países em desenvolvimento. Ambas compartilham de fatores de risco comuns, como o tabagismo, idade, nível socioeconômico, gordura corporal, estresse, entre outros (SPEZZIA; CALVOSO JÚNIOR, 2013). No Brasil, as DCV acometem cerca de 8,4 milhões de pessoas com mais de 18 anos de idade (IBGE, 2019). Uma condição periodontal insatisfatória pode ser responsável por iniciar ou estimular a patogênese da doença cardíaca por meio de diferentes mecanismos, podendo levar à ruptura da placa de ateroma por ação discreta dos agentes infecciosos do biofilme dentário ou promovendo seu crescimento. Há também a ocorrência de efeitos indiretos ou mediados pelo hospedeiro desencadeado pela infecção periodontal, predisposição genética e fatores de risco comuns compartilhadas por essas patologias (SPEZZIA; CALVOSO JÚNIOR, 2013).