O suicídio alcança números expressivos no Brasil, assim como em outros países do globo, configurando-se como problema de saúde pública mundial. Os idosos constituem uma população vulnerável ao suicídio (SANTOS; RODRIGUES; SANTOS; ALVES et al., 2019). As taxas de suicídio em idosos, no Brasil, aumentaram 14% entre 2007 e 2017, sendo cinco vezes maiores no gênero masculino, porém com incremento expressivo na população feminina (40% mulheres versus 9% homens) no mesmo período (MACHADO, 2020).
Como reflexo da transição demográfica brasileira, a estimativa é de que a população idosa tenha uma maior intensidade de crescimento a partir de 2020, passando de 28,3 milhões (13,7%) para 52 milhões (23,8%) em 2040, ou seja, quase um quarto do total de habitantes do país. Dessa forma, vê-se a necessidade de planejamento e gestão de políticas públicas adequadas a esse novo perfil epidemiológico (MENDES et al., 2012).
Portanto, este estudo tem como objetivo analisar a tendência temporal do suicídio em idosos no Brasil, sob a perspectiva de gênero, no período de 2000 a 2019.