A gravidez na adolescência é fenômeno social com diferentes significados a depender do local, cultura e momento histórico. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil a gravidez juvenil está acima da média mundial. A cada mil adolescentes no mundo 46 torna-se mãe, na América Latina o índice é de 65, enquanto que no Brasil é de 68,4. Estima-se que cerca de 434,5 mil adolescentes se tornam mães ao ano no país. (ONU, 2020). A mulher passa por grandes transformações biológicas e psicológicas ao gestar. Quando se trata de uma gestante jovem, esse fenômeno é permeado por incertezas, surpresas, anseios, medo, alegrias e angustias somatizados as modificações do período da adolescência. (MOTA et al.,2011).
De acordo com os pressupostos de uma atenção humanizada no parto, é importante que os profissionais envolvidos tanto no pré natal quanto na assistência ao parto, reconheçam o significado dessas vivencias para as jovens parturientes. Pois é nesse momento do parto que todas as angustias e medos envolvendo a gravidez vem à tona. O apoio da equipe e do acompanhante nesse momento pode minimizar as angustias da jovem parturiente. (SILVA et al., 2018; ENDERLE et al.,2012).