A gestação é um período de importantes modificações hormonais que desencadeiam alterações na fisiologia de todo o organismo materno. O fígado, maior glândula e o segundo maior órgão do corpo humano, cursa com substancial adaptação ao estado gestacional, podendo também interferir na evolução da gravidez (POLLO FLORES, 2015). Dentre as doenças hepáticas específicas da gravidez, pode-se citar a Colestase Intra-Hepática Gestacional (LEE, 2018). Caracteriza-se, principalmente, por prurido, marcadamente nas palmas das mãos e pés, mas que pode acometer todo o corpo, geralmente aumentando de intensidade com a progressão da gestação e de resolução no puerpério. Pode também estar associado a outros sintomas e sinais como mal-estar, dor abdominal, urina escurecida, fezes esbranquiçadas e esteatorréia (PACHECO et al, 2019). Embora a evolução clínico laboratorial dessa colestase seja considerada benigna para a mãe, esta afecção tem sido associada a desfechos obstétricos inexplicavelmente insatisfatórios, como parto prematuro, presença de mecônio, bradicardia fetal, sofrimento fetal e até óbito do concepto; devendo, portanto, ser considerada como gestação de alto risco (SOUZA et al, 2014). Diante disso, faz-se necessário à elaboração de um plano de cuidados sistematizado durante o pré-natal das pacientes que apresentam essa patologia, com o intuito de promover um cuidado mais humanizado e holístico, assim como um desfecho clínico mais favorável. Portanto, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem no desenvolvimento de um plano de cuidados sistematizado baseado na taxonomia presente na Nursing Diagnosis Association (NANDA), Nursing Outcomes Classification (NOC) e Nursing Interventions Classification (NIC) para uma paciente com diagnóstico de Colestase Intra-Hepática Gestacional.