Introdução: as alterações do fluxo salivar e halitose são condições frequentes em idosos e podem acarretar desconfortos alimentares, inapetência, presença de lesões bucais, assim como isolamento social devido ao constrangimento proporcionado pelo mau hálito e xerostomia. Objetivo: mensurar o fluxo salivar e halitose em idosos (acima de 60 anos), cadastrados pelas Estratégias de Saúde da Família e residentes em um município mineiro. Metodologia: trata se de um estudo transversal, quantitativo, utilizando como instrumentos de coleta, um kit de sialometria e halímetro digital portátil. O projeto foi autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer nº 2.045.667. O período de coleta foi de janeiro a maio de 2019. O fluxo salivar foi medido pelo método preconizado por Navazesh, tipo fluxo salivar estimulado, utilizando parafina como estimulador. O grau de halitose foi avaliado por meio de halímetro digital portátil. Os dados foram analisados no software SPSS, versão 22.0. Resultados: a amostra compreendeu 50 idosos, com variação etária de 60 a 91 anos, média 72,3 e mediana 72 anos. Participaram do estudo 27 (54%) mulheres e 23 (46%) homens. 15 deles (30%) apresentaram hipossalivação, 29 (58%) hálito ótimo a bom, 9 (18%) hálito regular e 12 (24%) ruim a péssimo. Considerações finais: espera-se que essa pesquisa contribua para uma reflexão sobre o cuidado integral, do idoso, evitando a assistência fragmentada em especialidades. Somente trabalhando de forma interdisciplinar pode-se superar os obstáculos para o sucesso do cuidado, traçando estratégias para solucionar ou reduzir a halitose e xerostomia, no intuito de proporcionar uma melhor qualidade de vida aos idosos.