Objetivo: Analisar os fatores associados à vacinação contra o tétano em puérperas de Belo Horizonte, Minas Gerais. Métodos: Estudo transversal realizado com dados do banco de dados da pesquisa “Nascer em Belo Horizonte: Inquérito sobre o parto e nascimento”, desenvolvida em hospitais públicos e privados. A amostra final foi de 481 puérperas. O tratamento estatístico consistiu de análise de regressão de Poisson, razões de prevalências, intervalos de confiança (IC95%) e nível de significância de 0,5. Resultados: A prevalência de puérperas que receberam pelo menos 2 doses da vacina contra o tétano foi de 59,2%. As análises ajustadas demonstraram que: não viver com o companheiro aumentou, em média, 1,58 vezes a prevalência da mulher não receber a vacina; a cada consulta de pré-natal realizada, reduziu, em média, 0,65 vezes a prevalência da mulher não receber a vacina, e a realização das consultas de pré-natal com a(o) enfermeira(o) reduziu, em média, 0,52 vezes a prevalência da mulher não receber o imunobiológico contra o tétano. Conclusão: Aproximadamente metade das puérperas não foram vacinadas contra o tétano durante a gestação. Percebe-se que a identificação de grupos específicos é fundamental para a implementação e ampliação de ações preventivas, em especial, a imunização em gestantes. Ademais, apesar dos avanços nas políticas públicas de saúde, existem desafios para ampliar a cobertura vacinal no estado e fortalecer o programa nacional de imunização, com o intuito de aumentar as taxas de vacinação em gestantes.