Introdução A hanseníase é uma doença crônica e infecciosa, causada pelo Mycobacterium leprae. Esse bacilo apresenta tropismo pelos nervos periféricos, olhos e pele. É uma enfermidade com evolução lenta e quando não tratada evolui com incapacidades físicas. O Brasil ocupa o segundo lugar na relação de países com maior número de casos de hanseníase. Nesse contexto, a região norte é a segunda com maior incidência (31,95/100 mil). Objetivo O objetivo do trabalho é avaliar o perfil epidemiológico da hanseníase na região norte, de acordo com os dados demográficos, entre 2009 e 2018. E avaliar se as políticas de erradicação da hanseníase empregadas têm sido eficazes. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo de casos positivos para hanseníase na população da região norte através da coleta de dados anuais fornecidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados Foi identificado um maior número de casos no sexo masculino, principalmente após os 20 anos. Em relação a variável escolaridade, houve predomínio dos casos novos em indivíduos com ensino fundamental incompleto seguidos por aqueles com ensino médio completo e ensino superior incompleto. Foi constatado que a taxa de detecção de casos novos nos menores de 15 anos, no Brasil apresentou uma redução de 31%, passando de 5,43 em 2009 para 3,75 em 2018, entretanto a região norte apresentou grandes flutuações nessas taxas, não mantendo
um declínio contínuo. Conclusão A região norte não apresentou redução na incidência, semelhante às outras regiões do Brasil. Essa ocorrência pode estar relacionada ao fato de ser uma área de maior vulnerabilidade e fragilidades na vigilância dessa doença. Assim, é necessária uma maior divulgação de informação e implemento de medidas na região Norte, que permitam a detecção precoce da hanseníase e o seu tratamento.