Introdução: O aleitamento materno é um processo que envolve fatores fisiológicos, ambientais e emocionais. Esta prática apresenta inúmeros benefícios para a saúde do bebê e da mãe, como diversas pesquisas científicas têm evidenciado. Apesar do destaque sobre a importância desta prática, o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) não tem sido uma prática universal, e isto envolve diversos aspectos, dentre eles, a maior participação das mulheres no mercado de trabalho nos últimos anos, além das dificuldades encontradas no processo da amamentação, o que favorece uma diminuição das práticas de AME, contribuindo para o desmame precoce. Objetivo: Analisar a prevalência de AME em crianças menores de seis meses no ano de 2020, no território nacional. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal descritivo, utilizando dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) no período de 2020, de crianças menores de seis meses, das cinco regiões brasileiras. Resultados: Foram acompanhadas 73.951 crianças no Brasil em 2020, e observou-se que 54% do total estava em AME. Dentre as regiões, verificou-se maior prevalência de aleitamento materno exclusivo no Sudeste 58%, Centro-oeste 55% e Norte 55%. As regiões Sul e Nordeste apresentaram 53% e 43% respectivamente. Considerações finais: Conclui-se que as regiões apresentaram prevalências semelhantes de AME, à exceção da região Nordeste que apresentou pouco mais de 40%. Apesar da maior parte das regiões apresentarem mais da metade de crianças em AME, o Brasil ainda apresenta índices muito baixos. Desse modo, destaca-se a importância de intensificação de ações de promoção do aleitamento materno, desde o período pré-natal, de forma a contribuir para a melhora dos indicadores de aleitamento materno exclusivo no território nacional.