Introdução: Barreiras socioeconômicas e raciais ainda persistem na sociedade brasileira e, consequentemente, findam em obstáculos para o acesso da população negra à formação médica. Dessa forma, as faculdades de medicina são historicamente ocupadas por um grupo majoritariamente branco, o que propicia a manutenção do racismo no meio acadêmico. Para lidar com esse cenário, foi realizada uma mesa redonda mediada por coordenadores locais da Federação Internacional das Associações de Estudantes de Medicina do Brasil (IFMSA-Brazil), do comitê da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), na qual houve a oportunidade de diálogo acerca das dificuldades enfrentadas devido às discriminações raciais e formas de combatê-las no meio acadêmico. Objetivo: Apresentar a experiência e o impacto gerados pela mesa redonda sobre o racismo na medicina nos estudantes da área da saúde. Metodologia: Foi organizada, no formato online por meio da plataforma Google Meet, uma mesa redonda no dia 30 de novembro de 2020, na qual o corpo discente teve a oportunidade de vivenciar um debate sobre o racismo na medicina mediado por relatos de alunos da universidade e médicos negros. Resultados: A atividade teve um ótimo alcance, atingindo 52 acadêmicos de Medicina dispostos a entender mais e refletir sobre as questões raciais que estão alicerçadas na formação da sociedade. Com os relatos apresentados e a discussão realizada, a situação se tornou mais palpável para aqueles que nunca haviam presenciado ou sofrido um caso de racismo, permitindo que a chama do antirracismo fosse acesa nos acadêmicos participantes, fato o qual também facilita a potencialidade do movimento antirracista por facilitar a transformação dos estudantes em expoentes dele. Considerações finais: Portanto, a experiência da mesa redonda foi extremamente agregadora para os participantes, permitindo uma melhor compreensão do contexto racial que envolve toda a sociedade, inclusive o meio acadêmico.