Introdução: O excesso ponderal é uma condição cada vez mais frequente em crianças o que tem se tornado um desafio para a saúde pública, pois a obesidade está associada a diversas doenças crônicas como doenças cardíacas, diabetes e má formação do esqueleto. Objetivo: Descrever a tendência da obesidade e os fatores determinantes em menores de 6 a 23 meses por regiões do Brasil, 2015 a 2019. Metodologia: Estudo ecológico de série temporal com dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional disponível no sítio eletrônico do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram utilizados os seguintes filtros: ano de referência (2015-2019), mês de referência (todos), agrupados (Estado), Unidade Federativa (todas), regiões de saúde (todas), público alvo (crianças 6m23m), índice antropométrico (índice de massa corporal-IMC x Idade). A variável dependente foi a prevalência de obesidade. A regressão linear de Prais-Winsten foi usada para verificar a tendência. Foram calculados a variação percentual anual (VPA) e seus intervalos de confiança a 95% (IC95%). Resultados: Verificou-se tendência de redução da prevalência de obesidade no Brasil (VPA: -4,14; IC95%: -4,50; -3,79) e em todas as suas regiões, destacando-se a região Sudeste (VPA: -6,22; IC95%: -7,63; -4,80), Centro-Oeste (VPA: -6,06; IC95%: -7,18; -4,93) e Sul (VPA: -5,39; IC95%: -6,07; -4,70) que apresentaram os maiores decréscimos. As maiores médias das prevalências de obesidade concentraram-se nos estados da região Nordeste (VPA: -4,19; IC95% -6,41; -1,92), sendo maior em Sergipe (14,01%), Ceará (12,46%) e Maranhão (11,09%). Conclusões: Apesar da tendência decrescente da obesidade infantil encontrada em todas as regiões do Brasil, este indicador precisa ser constantemente monitorado, tornando-se necessário manter e implementar ações efetivas para a redução da obesidade em virtude das graves consequências deste problema.