Introdução: A América Latina representa a segunda região do mundo com maior prevalência de gravidez na adolescência (GNA), estando o Brasil entre os países com maiores índices, dentre os quais, grande maioria não planejada. Nesse contexto, a GNA constitui-se como um problema de saúde pública haja vista que traz maiores riscos de complicações para o binômio mãe-filho, como pré-eclâmpsia, prematuridade e baixo peso ao nascer. Objetivo: Avaliar a prevalência de GNA na região Nordeste reforçando a importância da educação sexual. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa, baseado em dados secundários disponíveis no DATASUS. A coleta de dados foi realizada no mês de maio de 2021 e refere-se aos dados do período de 2015 a 2019. Foi realizada uma análise de dados relativos comparando a frequência da GNA entre as regiões do Brasil. Resultados: Observando-se os dados mais recentes disponíveis, datados de 2019, houve um total de 143.568 nascidos vivos de mulheres entre 10 e 19 anos na região Nordeste. Quando com parado a outras regiões do Brasil, o Nordeste apresentou os maiores índices de nascidos vivos em adolescentes (34,2%). Outrossim, considerando-se os nascidos vivos de mulheres de todas as idades na região Nordeste, esse valor correspondeu a uma taxa de 17,8% do total. Os estados que apresentaram maiores índices em ordem decrescente foram Bahia (23,4%), Maranhão (17,9%), Pernambuco (16%) e Ceará (13,7%). Referente aos anos anteriores, o Nordeste contabilizou 34,4% dos nascidos vivos de mães adolescentes em 2018, 33,9%, em 2017, 33,4%, em 2016, e 32,9%, em 2015. Conclusões: Percebe-se que a prevalência de GNA permanece elevada no decorrer do tempo, tornando-se imprescindível a educação sexual como intervenção para a promoção de saúde sexual e reprodutiva com ações intersetoriais, multidisciplinares e dinâmicas, a fim de fomentar a adesão ao uso adequado de métodos contraceptivos nessa faixa etária.