Introdução: Nos últimos anos identificou-se uma transição no consumo alimentar infantil, caracterizado principalmente pelo excessivo consumo de alimentos ricos em açúcar, sódio e gordura, e baixo consumo de alimentos ricos em nutrientes como verduras legumes e frutas, favorecendo o desenvolvimento de obesidade e carências nutricionais. Entre crianças de dois a cinco anos, a ingestão dietética está intimamente ligada ao seu crescimento e desenvolvimento, e também aos seus hábitos alimentares. Objetivo: Avaliar o consumo alimentar de crianças entre dois a cinco anos da região norte no ano de 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, que utilizou dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN- Web) no ano de 2020. Foram coletados dados do consumo alimentar de crianças de ambos os sexos e na faixa etária de dois a cinco anos. Resultados: Foram registrados o consumo alimentar de 13.854 crianças, das quais 18% apresentaram hábitos de realizar no mínimo 3 refeições principais no dia e 42% tinham hábitos de realizar refeições assistindo televisão. Em relação ao consumo de alimentos, 70% consumo de feijão, 77% consumo de frutas, 61% consumo de verdura e legumes, 33% consumo de hambúrguer e/ou embutidos, 63% consumo de bebidas adoçadas, 49% consumo de macarrão instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado e 57% consumo de biscoitos recheados, doces ou guloseimas. Considerações Finais: Verificou-se um baixo percentual de crianças que realizavam no mínimo, três refeições ao dia, e apesar de apresenta rem um elevado consumo de alimentos naturais, observou-se também um consumo considerável de alimentos processados e ultraprocessados. Sendo assim, é imprescindível a criação de estratégias de saúde que estimulem a alimentação adequada e hábitos saudáveis entre as crianças, visando a dimi nuição do consumo de alimentos ultraprocessados e hábitos inadequados que podem interferir no seu crescimento e desenvolvimento.