Introdução: A doação de leite humano possibilita que neonatos de risco tenham uma alimentação com teor nutricional completo. Para isso ser possível, faz-se vital um Banco de Leite Humano (BLH), que promove aleitamento materno e é responsável pela coleta, processamento e distribuição do leite doado. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico das doadoras do BLH Dra. Marilurdes Albuquerque que fazem ordenha domiciliar. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, observacional, transversal e retrospectiva, que utilizou informações estatísticas do BLH e fichas de cadastro das doadoras, do período 2017 a 2019, sendo dispensada a aprovação do comitê de ética e utilizando a anuência institucional. Foram utilizadas as variáveis idade, naturalidade, pré-natal, intercorrências na gestação, período de doação e tempo para efetuar o cadastro após o parto. Foram excluídas doadoras menores de idade e indígenas. Resultados: Foram cadastradas 446 mulheres, contudo apenas 385 foram elegíveis, constatou-se que a variação etária foi entre 18 e 41 anos, sendo as idades de 25 a 29 anos as mais frequentes. Em relação à naturalidade, 54,5% das mulheres são procedentes da mesma localidade que o BLH. Quanto à realização do pré-natal, notou-se que apenas uma das doadoras não o realizou, e 62% utilizaram, exclusivamente, o Sistema Único de Saúde. Tratando-se de intercorrências na gestação, 65,97% relataram inexistência, e a principal registrada foi Diabetes Gestacional (9,35%). Percebeu-se que o tempo médio de doação é de 4,6 meses, sendo o cadastro de 77,9% das doadoras do BLH efetuado em menos de um mês após o parto. Conclusões: A realização do pré-natal é um fator positivo para a doação, todavia, há dificuldades sobre a abordagem da temática, a qual é realizada majoritariamente no final da gestação e no período puerperal, ao invés de abordado no pré-natal.