Introdução: No Brasil a desnutrição constitui importante problema de saúde pública, reflexo muitas vezes de alimentação insuficiente. Em contrapartida, a obesidade, que também se configura como um problema de saúde pública é crescente em todas as faixas etárias. Na adolescência o excesso de peso indica probabilidade elevada de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis na fase adulta. Fato atribuído a associação do sedentarismo e adoção de práticas alimentares inadequadas. Objetivo: Descrever o estado nutricional de adolescentes no Brasil no ano de 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, que avaliou o estado nutricional de adolescentes, utilizando como parâmetros a altura para a idade e o IMC (índice de massa corporal) por idade. Os dados foram retira dos do sistema de vigilância alimentar e nutricional (SISVAN), no ano de 2020. Resultados: Foram avaliados 3.048.308 adolescentes de ambos os sexos, das cinco regiões brasileiras. Do total de adolescentes avaliados, 64,24% eram eutróficos. A prevalência de sobrepeso e obesidade foi de 19,87% e 9,52%, respectivamente, sendo as regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste com os maiores índices, enquanto que 2,92% apresentavam magreza e 1,05% magreza acentuada, sendo as regiões Norte e Nordeste apresentando os maiores números. 90,49% dos adolescentes tinham a altura adequada para a idade, 6,60% baixa estatura para idade e 2,89% estatura muito baixa para a idade. Comparando os percentuais por região, Norte e Nordeste apresentaram os maiores índices. Considerações Finais: A maior prevalência de excesso de peso foi observada em adolescentes da região Sul. Já as regiões Norte e Nordeste apresentaram os maiores índices de desnutrição e baixa estatura para a idade. A investigação do estado nutricional em adolescentes é necessária para que medidas de intervenção sejam realizadas, reforçando a necessidade de ações precoces para prevenir o excesso de peso e desnutrição.