Introdução: A gestação ocasiona uma série de mudanças metabólicas e nutricionais, que visam o desenvolvimento adequado do concepto, e influenciam no estado nutricional da gestante, levando ao ganho de peso e gerando múltiplas mudanças decorrentes do mesmo. Um excessivo ganho de peso gestacional torna-se um fator para acúmulo de gordura corporal, expansão de líquidos, desenvolvimento fetal e placentário, e se insuficiente, pode aumentar a probabilidade de parto prematuro. Ambos levam a desvios nutricionais, que afetam o estado nutricional materno e do bebê. Objetivo: Comparar o estado nutricional de gestantes do território nacional. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, que compara a classificação do estado nutricional de gestantes, atendidas na atenção básica e cadastradas no programa Bolsa Família, das cinco regiões do Brasil no ano de 2020, obtidas através do banco de dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). Resultados: Dentre as cinco regiões, observou-se maior frequência de gestantes com baixo peso nas regiões Norte (16,92%) e Centro-Oeste (16,21%). A prevalência de eutrofia foi maior nas regiões Norte (38,82%) e Nordeste (35,44%), assim como o sobrepeso (28,90% na região Nordeste e 27,69% na região Norte). A frequência de obesidade foi maior nas regiões Sul (28,38%) e Sudeste (26,44%). Considerações Finais: Concluiu-se que as frequências de cada estado nutricional (baixo peso, eutrofia, sobrepeso e obesidade) foram semelhantes entre as regiões. Entretanto, a frequência de gestantes com excesso de peso foi maior do que as que se apresentam eutróficas, fato que corrobora a um aumento no risco de ocorrência de distúrbios nutricionais, além de outras patologias que podem comprometer o desenvolvimento do feto e a saúde da mãe. Portanto, torna-se indispensável o acompanhamento multiprofissional e, principalmente, nutricional, durante seu pré-natal.