Introdução: A pandemia trouxe desafios para os profissionais da atenção básica diante da suspensão de alguns atendimentos. Foi necessário rever as agendas, analisando cada caso por meio de reunião de equipe. Diante disso, foi necessário rever as ações de Planejamento Familiar que anteriormente à pandemia reuniam grupos de 10 usuários quinzenalmente. O presente artigo traz o relato de experiência de uma Assistente Social e de uma Enfermeira a partir das interconsultas utilizadas para substituir os grupos quinzenais de Planejamento Familiar. Ressalta-se que a interrupção das ações de Planejamento Familiar foi inviável, tendo em vista a intensa demanda apresentada na unidade para o serviço. Os atendimentos em interconsulta passaram a ser ofertados pelo Agente Comunitário de Saúde durante visita ao território, nas consultas de pré-natal e ainda a partir da procura dos usuários na recepção da unidade de saúde. Objetivo: Identificar os desafios vivenciados pelas profissionais diante do Planejamento Familiar na pandemia. Metodologia: Como metodologia utilizou-se pesquisa bibliográfica e documental e observação participante. Foram consideradas Notas Técnicas emitidas pela Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro sobre atendimentos durante a pandemia. Resultados: Os resultados parciais da pesquisa indicam que a não interrupção das ações de Planejamento Familiar foi de fundamental importância tendo em vista que a procura pelo atendimento não diminuiu durante a quarentena. As profissionais observaram também que o absenteísmo nas interconsultas ocorreu menos do que no grupo. Considerações Finais: Na pandemia a procura por atendimento para Planejamento Familiar tornou-se maior do que anteriormente. Acredita-se que agendamentos em livre demanda substituindo os dias estabelecidos pelo grupo possibilitou o aumento da procura. Até o presente momento observa-se uma boa adesão às interconsultas.