Introdução: A enxaqueca é um distúrbio neurovascular complexo e crônico que se manifesta como crises de dores recorrentes de moderada a forte intensidade, que acomete 15% da população e prevalentemente no sexo feminino. A dor na enxaqueca está associada a náuseas, fotofobia e fonofobia, afetando negativamente a qualidade de vida do indivíduo, e a capacidade funcional, além de trazer prejuízos socioeconômicos, ocupando a sexta posição entre as doenças mais incapacitantes. Objetivos: Esta revisão narrativa buscou trazer evidências de estudos que abordam a relação do processo fisiopatogênico da enxaqueca ao prejuízo na saúde física e mental da população, e consequentemente na vida cotidiana. Metodologia: A busca foi realizada com artigos publicados entre os anos de 2016 e 2021. Foram avaliados artigos da SciELO, da U.S. National Library of Medicine e do National Institutes Health (PubMed) e das bases de dados Web of Science. Para consulta no Medical Subject Headings (MeSH) foram utilizados os seguintes termos: “migraine” and “mental health. Resultados: As mulheres são mais acometidas, as crises graves da enxaqueca, devido ao estímulo hormonal do ciclo menstrual. As crises de enxaqueca são agravadas por esforços físicos e mentais. A enxaqueca pode ser afetada por diversos fatores, como distúrbios bioeletroquímicos (terminações nervosas), alteração de neurotransmissores e ambientais (estresse, alimentação). A enxaqueca é controlada por tratamentos preventivos das classes de drogas como os neuromoduladores e betabloqueadores, com o objetivo de evitar as recorrências das crises, a intensidade da dor e amenizar os sintomas atuando no bloqueio do processo inflamatório e da liberação de neurotransmissores. Conclusões: A relação da dura-máter com a enxaqueca demonstra que apresenta vários fatores que contribuem para o aumento da excitabilidade da rede neuronal e que envolve mecanismos fisiopatológicos como alterações anormais do sistema nervoso, interferindo na normalidade eletrofisiológica.