Introdução: De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cuidado paliativo é uma abordagem ou tratamento que melhora a qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças que ameacem a continuidade da vida. Os cuidados paliativos são iniciados quando o tratamento curativo deixa de ser o objetivo. Objetivo: destacar o papel da família na terapêutica paliativa através de um relato de experiência. Metodologia: o relato de experiência se desenvolveu com uma idosa de 93 anos atendida por um plano de saúde de Fortaleza-CE, que contava com familiares na sua rede de cuidados. Resultados: Em julho de 2020, apresentou sinais de adinamia, recusa alimentar, sendo levada para a emergência de um hospital particular, encaminhada para a UTI. No dia seguinte foi transferida para apartamento, com sonda vesical e sonda nasoenteral, com diagnostico de broncoaspiração. Durante o período foi acompanhada por equipe multidisciplinar e familiares. Com a evolução do quadro a equipe médica sugeriu o retorno para a UTI para traqueostomizar, porém os familiares optaram por não impor tratamentos agressivos. A família decidiu realizar os procedimentos paliativos na residência, para promover conforto e segurança emocional. O quadro clínico se agravou, e em agosto de 2020 veio a óbito. Conclusão: A paciente recebeu no hospital suporte terapêutico necessário, para a manutenção da vida sem procedimentos invasivos radicais. A família estava consciente da gravidade do caso, participou de todo o processo de cuidados e a equipe médica respeitou a decisão familiar, sempre informando as condutas e esclarecendo os riscos. Conclui-se que quando há interação entre família, paciente e equipe de saúde o período de paliação se torna mais fácil de se enfrentar.