Introdução: A fumaça do tabaco, que contém cerca de 4.700 substâncias tóxicas diferentes, tem uma relação estreita com a disfunção endotelial. Estudos apontam que após a exposição a esse poluente, o fluxo da artéria coronária diminui por até 12h, podendo causar eventos cardíacos nos fumantes passivos. Objetivo: Avaliar o impacto da lei antifumo n° 12.546/2011 na morbimortalidade das doenças cardiovasculares. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional descritivo, baseado em artigos selecionados nas plataformas PubMed e SCIELO, utilizando os descritores “Tagabismo and Cardiopatia”. Foram selecionados 6 artigos publicados nos últimos 10 anos com o critério de correlação temática. Resultados: O impacto causado pela lei antifumo n° 12.546/2011, foi observado com a diminuição na concentração do monóxido de carbono (CO) em ambientes fechados. Os resultados do DATASUS mostraram uma diminuição de 571 mortes por infarto agudo do miocárdio, na cidade de São Paulo, no primeiro ano após a aplicação da lei. Também foi observada a redução na taxa de internação por infarto na maioria dos estudos. A associação de CO com material particulado (MP10) evidencia um aumento de eventos cardiovasculares. A inalação dessa fumaça tóxica aumenta a demanda de oxigênio no miocárdio, possivelmente com a participação do CO e estimulação adrenérgica. Dessa forma, ocorre a alteração da pressão arterial e do tônus da artéria coronária, podendo desencadear angina e arritmia cardíaca. Repetidos episódios como esse, podem contribuir para a tensão na placa ateroesclerótica, aumentando a chance de sua ruptura. Conclusões: A fumaça do cigarro é um dos maiores poluentes do ambiente fechado e a proteção a esse contaminante evita mortes por infarto. Os benefícios da lei n° 12.546/2011 vão além de evitar a contaminação das pessoas. Ela também incentivou muitas pessoas a pararem de fumar, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morbimortalidade no país.