Introdução: A Doença de Ménétrier é uma patologia pouco frequente, que possui como característica a hipertrofia gástrica (corpo e fundo), aumento da secreção mucosa e perda proteica. Possui uma maior frequência no sexo masculino. Na infância há início súbito, com duração de aproximadamente cinco semanas, de curso autolimitado. Algumas das etiologias relatadas na literatura são a citomegalovirose, alergias à proteína alimentar, histoplasmose, infecção pelo Helicobacter pylori e Mycoplasma pneumoniae. Objetivos: Construir uma revisão integrativa de literatura, analisando a perda de albumina a partir da Doença de Ménétrier, com base em análise de artigos científicos sobre o tema. Métodos: Foi realizada uma pesquisa nos bancos de dados MEDLINE e SciELO com os descritores “albumina”, “gastroenteropatia” e “proteína”, entre os anos de 2016 e 2021, em língua portuguesa e inglesa. Resultados: O quadro clínico pode ser composto por edema hipoproteico, vômitos, dor e distensão abdominal, hiporexia/anorexia, ascite, diarreia os principais sinais e sintomas relatados. No quadro laboratorial, pode ocorrer redução da albumina, alfa-1-antitripsina fecal elevada, anemia, leucocitose sem desvio à esquerda, trombocitose, hipocalcemia e transaminases aumentadas. O diagnóstico pode ocorrer pela Endoscopia Digestiva Alta com biópsia, que revela pregas gástricas hipertróficas e secreção ácida normal ou reduzida. É importante realizar o diagnóstico diferencial com gastrite granulomatosa, neoplasias, polipose gástrica, doença de Crohn, doença de Whipple e Síndrome de Zollinger-Ellison. Ademais, possui maior risco de fenômeno tromboembólico e hemorragia digestiva alta, podendo evoluir para óbito. Em relação ao tratamento, as crianças geralmente melhoram espontaneamente ou com o uso de Ranitidina, enquanto que os adultos podem necessitar de ressecção do estômago (parcial ou total). Considerações Finais: A Doença de Ménétrier ainda não possui a etiologia totalmente esclarecida, além dos adultos possuírem uma evolução com pior prognóstico. São necessários maiores estudos sobre a etiologia e o tratamento da patologia supracitada.