Introdução: Pesquisas evidenciam que a COVID-19 promove uma condição sistêmica de hipercoagulabilidade, nesse contexto, a gravidez se apresenta como importante condição clínica na pandemia pelo novo coronavírus devido ao seu estado fisiologicamente hipercoagulável com maior risco de tromboembolismo. Assim, identificar a fisiopatologia e os efeitos da infecção nesse grupo é fundamental para encontrar possíveis fatores de risco para pior prognóstico. Objetivos: Investigar as alterações tromboembólicas e hemostáticas do Covid-19 em grávidas. Metodologia: Revisão literária foi realizada em 03/05/2021 no PubMEd, Cochrane Central Register of Controlled Trials e SciELO, usando os seguintes descritores: “Mulheres grávidas”, “complicações”, “Covid-19” e “Tromboembolismo”. Resultados: Foi observado maior risco de eventos tromboembólicos em mulheres grávidas, sobretudo quando associado a parto via cesárea, obesidade, multiparidade, comorbidades médicas (DM2/gestacional e HAS), idade & #62; 35 anos e história familiar de trombose. Observando estudos de associação da gravidez com COVID-19 concomitante, foi observado potencial aumento do risco tromboembólico evidenciado nos seguintes resultados: autopsias em pacientes não gravidas com Covid-19 apresentaram trombose venosa profunda frequente; agravo do dano celular secundário a ligação do SARS-CoV-2 a enzima conversora de angiotensina 2, ao regular positivamente a expressão do fator tecidual e diminuir o sistema de produção da proteína C. Associação de aspectos clínicos e algumas referências laboratoriais tais como trombocitopenia e alteração significativa no fibrinogênio somados à tempestade inflamatória com a indução de coagulopatias em pré e pós-parto. Presença de eventos tromboembólicos encontrados em mulheres grávidas com COVID-19, mesmo naquelas jovens e sem histórico pessoal ou familiar de trombose. Conclusão: O estudo sugere maior prevalência de coagulopatias em grávidas infectadas pelo SARS-CoV-2. Diante disso, recomenda-se maior cautela no monitoramento durante o período da gestação principalmente no caso de alterações laboratoriais e clínicas. No entanto, novas pesquisas são necessárias para maior significância estatística desses resultados haja vista as limitações metodológicas observadas nos estudos.