Introdução: Espera-se que a gestação seja um dos momentos mais importantes para a mulher, no entanto, esse período nem sempre é marcado por alegrias e realizações. Algumas mulheres passam por tristeza ou ansiedade nessa fase de suas vidas, deste modo, a depressão durante a gravidez pode ser considerada como questão importante para o campo da saúde pública. A gravidez e o período puerperal são momentos da vida da mulher que envolvem inúmeras alterações físicas, hormonais, psíquicas e de inserção social, as quais podem influenciar diretamente em sua saúde mental. Tendo em vista que a depressão é o transtorno mental de maior prevalência durante a gravidez e o período puerperal, caracterizada, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), por sensação de tristeza, autodesvalorização, sentimento de culpa, retardo motor, insônia, sonolência, isolamento social e muitas vezes pensamentos suicidas. Objetivos: Descrever os fatores que aumentam a incidência de depressão nas mulheres grávidas e no puerpério. Métodos: Revisão integrativa com busca nos bancos de dados: LILACS, MEDLINE e BDENF, publicado nos últimos 5 anos, no idioma português. Resultados: Dos estudos analisados, é evidenciado que além da depressão pré-natal ser mais frequente, ela é o principal fator de risco para depressão pós-natal, sendo esta, muitas vezes, uma continuação da depressão iniciada na gestação. Expectativas, dúvidas, receios e inseguranças sobre a capacidade do cuidar, e o prolongamento destes fazem com que sintomas como tristeza, apatia, desalento e rejeição ao próprio bebê seja caracterizado como possível caso de depressão. Conclusão: Contudo, o cuidado sistematizado se faz necessário com ênfase ao desenvolvimento de ações visando orientar e melhorar a qualidade de vida das gestantes, a participação no programa de pré-natal com base numa abordagem biopsicossocial é essencial para identificação precoce e tratamento da depressão, além de fatores externos como aspectos culturais da mulher atendida.