Introdução: Os jalecos foram criados como medida de isolamento para os profissionais que atuavam na assistência hospitalar e logo se tornou uma importante medida de segurança, acarretando sua vasta utilização pelos hospitais. Porém, em decorrência da multifatorialidade de transmissões de micro-organismos causadores de infecções acredita-se que estas vestimentas podem servir como fômites. Objetivo: Revisar e reafirmar, a partir da literatura, os dados sobre a contaminação bacteriana de jalecos e roupas cirúrgicas utilizadas por profissionais e acadêmicos da área da saúde, assim como, seu papel na disseminação de patógenos. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura científica nas bases de dados PubMed, Web of Science, Scopus, Science Direct, Cochrane, CINAHL, Embase e LILACS com diferentes palavras-chave a fim de contemplar todos os estudos existentes, após a leitura, foi feita a análise de todos os estudos considerados relevantes e estes foram classificados em categorias com base no seu escopo. Resultados: A maioria dos estudos encontrados foram os do tipo transversal, com o número de participantes variando de 10 a 180 pessoas, a técnica de esfregaço utilizando Swab foi a mais utilizada e a coleta sendo feita de várias áreas do jaleco ou roupa cirúrgica (gola, bolsos, mangas e laterais), com o Staphylococcus aureus sendo o mais identificado, notou-se que os cocos Gram-positivos foram altamente resistentes à penicilina, eritromicina e clindamicina. Conclusão: Contatou- -se por meio desta pesquisa que vestimentas hospitalares podem servir como fômites e favorecer a ocorrência de infecções. Dessa forma, é importante a conscientização tanto de profissionais como de alunos sobre a necessidade da lavagem frequente, a disponibilização de mais uniformes por meio dos hospitais e o estabelecimento de diretrizes de desinfecção voltadas para a cada especialidade levando em consideração a frequência de contato com os pacientes.