Introdução: A Sífilis é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria espiroqueta Treponema Pallidum e tem como principais meios de transmissão a via sexual e a congênita durante a gestação. Na transmissão congênita, a bactéria permanece na corrente sanguínea da gestante infectada, atravessa a barreira placentária e infecta o feto. A transmissão pode ocorrer em qualquer momento da gestação, porém quanto maior a taxa de bacteremia maior a agressão ao feto. Objetivo: Avaliar fatores epidemiológicos da Sífilis Congênita para elaborar ações de saúde para prevenção desta patologia. Metodologia: Utilizaram-se dados quantitativos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) fornecidos pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS) do Ministério da Saúde, de janeiro de 2010 a dezembro de 2020. Resultados: De janeiro de 2010 a dezembro de 2020 foram registrados 207 casos confirmados de sífilis congênitas no Piauí, sendo que 79,5% desses casos ocorreram na capital, Teresina. Desses casos confirmados no estado 81,9% das mães realizaram pré natal, 10,6% não realizou pré-natal e 7,5% não se manifestaram. Com relação ao sexo das crianças afetadas pela Sífilis congênita foi apontado que esta variável não tem influência sobre a infecção, já que o sexo masculino representa 49% e o sexo feminino representa 51%. A falta de educação escolar das mães que transmitiram sífilis congênita mostra uma relação direta com o aumento do número de casos, onde a maioria das mães abandonou o estudo ainda no ensino fundamental, que representam 32% do total do número de casos. Aponta-se que dos 207 casos confirmados 133 não houve tratamento do parceiro. Conclusão: Embora o diagnóstico e o tratamento sejam de fácil acesso da população e de baixo custo, a sífilis congênita continua sendo um grande agravo de saúde pública, necessitando de atividades de prevenção e controle por meio de educação em saúde para redução dos casos.