Introdução: Trichomonas vaginalis é o protozoário causador da Infecção Sexualmente Transmissível (IST) não viral mais comum do mundo e apresenta várias manifestações clínicas ou nenhuma quando assintomática, dificultando seu diagnóstico apenas através da sintomatologia sendo faz necessário um diagnóstico laboratorial. Objetivo: Analisar quais métodos diagnósticos são mais utilizados para o diagnóstico de T. vaginalis segundo a literatura nacional e internacional. Método: Foi realizado um levantamento de literatura usando como critérios de inclusão: artigos completos, nos idiomas inglês e português publicados entre 2010 e 2021. Os critérios de exclusão foram teses, artigos de revisão bibliográfica e artigos publicados fora da data proposta. Resultados: foram encontrados 79, sendo que somente 35 artigos que abordavam métodos diagnósticos laboratoriais para identificação de tricomoníase. Em exames microscópicos é frequentemente encontrado em esfregaço de amostra vaginal e cervical, contudo apresenta baixa sensibilidade e pouca especificidade. O método de cultura ainda é a melhor forma de diagnosticar o parasita, dada sua simplicidade na interpretação e baixa exigência no cultivo; porém, possui alto custo e se requer no mínimo 3 dias para cultivo. O sistema de cultura InPouchTV é uma alternativa que apresenta baixo custo e diagnóstico mais preciso. A técnica de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) também é alternativa para o diagnóstico. Técnicas que envolvem reação antígeno-anticorpo não são confiáveis para Trichomonas, por isso os exames imunológicos não são usados de forma rotineira; aparecem como métodos adicionais para diagnóstico PCR-RFLP, PCR multiplex, Maldi-Toff e LAMP. Conclusão: Apesar de haver várias técnicas para diagnóstico de T. vaginalis, o método de cultura celular ainda é o mais utilizado por sua confiabilidade, viabilidade e baixo custo.