Introdução: Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde (IRAS) podem ser adquiridas durante o processo de cuidado, seja em um hospital ou em outra unidade que presta serviço de saúde, ocorrem frequentemente por contaminação cruzada, sendo capaz de prolongar o tempo de internação hospitalar, aumentar a resistência de micro-organismos a antimicrobianos, acarretar a elevação dos custos para cuidado do paciente e da mortalidade. Objetivo: Identificar a presença de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) em jalecos utilizados por profissionais de enfermagem em um hospital de assino e determinar o perfil de sensibilidade. Metodologia: Estudo descritivo, transversal. A população da pesquisa correspondeu a todos os profissionais da equipe de enfermagem. As áreas de bolso, região do abdome e botões foram amostradas por meio da técnica de esfregaço utilizando Swab, colocados em tubo plástico de fundo cônico de 15 mL estéril e transportados imediatamente para o laboratório onde foram realizadas as análises microbiológicas. Resultados: Do total de 94 amostras, em cerca de 13% foram encontradas cepas de S. aureus multirresistente. Referente ao antibiograma, a resistência de 100% encontrada para novobiocina pode ser explicada pelo fato de que S. aureus não apresenta nenhuma sensibilidade a este antimicrobiano, sendo ele indicado apenas para controle de infecções por S. saprophyticus. Este antimicrobiano foi usado apenas como controle interno experimental. Já a penicilina G, frequentemente indicada para tratamento clínico de infecções de S. aureus, com resistência de 100% é um achado de extrema relevância, pois mostra que no hospital onde está sendo conduzido o estudo este antimicrobiano não poderá ser indicado de forma alguma como opção de tratamento. Conclusão: O estudo confirmou a colonização bacteriana nos jalecos dos profissionais de enfermagem; são necessárias medidas de higienização adequada das roupas hospitalares para que pacientes e profissionais corram menos riscos de infecção dentro de hospitais.